segunda-feira, 30 de abril de 2012



"Aquela velha história do amigo engarrafado me era completamente aplicável, não havia companhia melhor. Porque eu não desejava conversar, pessoas se preocupam demasiadamente e eu não precisava de especulações, conversas enfadonhas e repetir tudo o que estava acontecendo comigo. Não. Eu não quero falar sobre isso. Isso o quê? Se eu tivesse noção do que era. Acontece que esses dias estão tortuosos e eu não desejo levantar-me daqui, a poltrona já adquiriu o formato do meu quadril e a TV me dá o entretenimento necessário para continuar trancafiada aqui. Sossego é o que eu quero... E eu chorei um oceano inteiro essa noite. Eu precisava esvaziar. Porra eu preciso ser internada." (Caio Fernando Abreu)

sábado, 28 de abril de 2012



"Hoje a tristeza

Não é passageira

Hoje fiquei com febre
A tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela
Parecerá uma lágrima


Queria ser como os outros

E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem

Ver a leveza
Das coisas com humor


Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa
Amanhã é um outro dia
Não é?


Eu nem sei porque
Me sinto assim
Vem de repente um anjo
Triste perto de mim


E essa febre que não passa

E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado
Por pensar em mim "

 (Legião Urbana- A Via Láctea)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

" Me perguntaram se eu acreditava em alma penada. Eu fui mais além, disse que acredito em 'corpo penado', o corpo perambulando mas a alma tá morta...acho que sou eu !"
(Gislayne Souza)

segunda-feira, 2 de abril de 2012



" E eu venho morrendo aos poucos, em feridas que a todo tempo eu insisto em toca-las, ou mesmo em colocar alguma coisa que machuque em cima. Eu insisto em me trancar e não deixar que ninguém saiba o que se passa, porque a ferida é minha e só pertence a mim, então eu me sinto no direito de preserva-la, o que é uma pena pra quem olha de fora e fica na curiosidade e expectativa para ver minha ferida, como quando você se machuca e todos pedem pra você tirar o curativo de cima pra ver em que estado ela está, mas não, eu gosto da minha ferida como ela está, o estado dela assustaria aos outros de fora embora eu já esteja acostumada, já ta fazendo parte de mim, minha ferida é o que me faz lembrar que eu não estou só, tem alguém tentando cura-la. Se algo dói é porque eu ainda estou viva! " (Gislayne Souza)