domingo, 25 de novembro de 2012

 "EU CANSEI DE SER ASSIM
 NãO PoSsO mAis LEVAAAR
 se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
a vida vai seguir
NINGUÉM VAI REPARAR
aqui NESTE lugar
EU acho que A-C-A-B-O-U
mas vou CANTAAAAR
pra não cair
FINGINDO ser alguém que vive assim de BEEEM ... 


Se exite Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a
Me A-B-A-N-D-O-N-O-U!"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012




"Não sei se foi por preguiça, por condicionamento,pela dificuldade de estarmos plenamente atentos no instante de cada ação.O fato é que a planta havia morrido há semanas e durante todo aquele tempo eu continuei a regá-la, como se estivesse ali.O vaso cheio de terra, vazio de verde, permanecia no mesmo lugar,entre os outros, como se nada houvesse acontecido. Toda vez que eu repetia o movimento, eu me dava conta da estranheza do meu gesto,mas acabava me entretendo com outra coisa e adiava mais uma vez a retirada do vaso.Outra hipótese é o embaraço que às vezes temos para reconhecer a morte das coisas.Para aceitar que o tempo delas acabou, embora possa ser tão óbvio como um vaso sem planta.(...) Nossos gestos de desapego são capazes de criar espaço para o novo.Minha mãe plantou outra muda de planta naquele vaso.A última vez que vi, estava florida."
                                           [Ana Jácomo]                                                          

sexta-feira, 16 de novembro de 2012




"A palavra amor anda vazia. Não tem gente dentro dela."

  [Manoel de Barros]
"Perguntou-se a José Saramago:
- Como podem homens sem Deus serem bons?
Sua resposta foi:
-Como podem homens homens com Deus serem tão maus?"



"(...)Outro dia me pus a pensar que sou semelhante às mulheres da literatura de Érico Veríssimo. 
Aquelas que enquanto os homens se ocupavam da guerra, elas se ocupavam do tempo e do vento. 
Eu não tenho muitas definições a meu respeito; apenas respeito a dor de cada hora,
 a esperança de cada momento. 
E, se isso me define, então sou a dor que sabe esperar."

[ Pe. Fábio de Melo, Mulheres de Aço e de Flores]

terça-feira, 13 de novembro de 2012


" Olha, quantas coisas se aprende com  a queda... e o segredo? é a visão apurada de tudo! Foi assim, hoje eu tropecei e por um instante vi o mundo desmoronar, quantas vezes o mundo da gente não desmorona de repente não é mesmo? no instante que eu caia, pude sentir como é está no chão, vi a poeira se levantar aos poucos e cobrir o ambiente em que eu estava. Na rua como de costume todo mundo olha sua queda, e assim como na vida há 3 tipos de pessoas, as que riem, as que só observam e as que te ajudam a levantar. Levante-se. Te convido a observar com mais atenção a situação apresentada. Quando você esteve no chão, houveram pessoas que riram de você e sabe porque elas riram? simplesmente porque sua dor é agradável a vários olhos, sim, eu disse AGRADÁVEL, aquela velha história de "que otária, antes ela do que eu!" nessa hora ninguém nem lembra dos  hematomas, das feridas sangrando... porque afinal quem vai se preocupar se não é com elas não é mesmo?! mas você estava cercada de pessoas não foi mesmo? ai você pergunta porque algumas pessoas só observaram e não fizeram NADA por você? porque não te ajudaram a levantar ou nem ao menos se deram o trabalho de perguntar como você estava? aaa eu sei o porque disso também, nem todas as respostas são agradáveis, nem todo mundo quer se dar o gosto de te levantar, isso é trabalho demais pra muita gente: 'se eu não sinto sua dor, então não doí', faz sentido até! ainda assim eu quero que você observe melhor o que eu deixei por último... enquanto você esteve no chão, houve alguém que se preocupou com você, te observou caindo e sentiu sua dor mesmo que não tenha sido com essa pessoa, perguntou dos ferimentos, te deu a mão pra te levantar quando NINGUÉM se preocupou contigo, enquanto os que riam te achavam a maior otária, os que observavam de deixaram com suas feridas, lembre-se alguém te deu a mão!
... E ainda vai ter gente que nunca vai saber que você caiu"
(Gislayne Souza)


                                   " ...e tem gente matando Deus, no meu e no seu coração!"

sábado, 10 de novembro de 2012


"Nem todas as feridas são superficiais. Muitas feridas são mais profundas do que imaginamos, não se consegue ver a olho nu, e ainda tem aquelas feridas que nos pegam de surpresa. O segredo pra se curar qualquer ferida ou doença é ir bem fundo até achar a verdadeira fonte da lesão, e quando encontramos temos que tentar ao máximo curar essa ferida"
Gray's Anatomy

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação..."


segunda-feira, 5 de novembro de 2012


"Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração que nem se mostra. 
Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

(Retrato- Cecília Meireles)
"Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/ que era sofrer ?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme... Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde...Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?"(Caio Fernando Abreu- Neblina)