quarta-feira, 28 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
"EU CANSEI DE SER ASSIM
NãO PoSsO mAis LEVAAAR
se tudo é tão ruim
Por onde eu devo ir?
a vida vai seguir
NINGUÉM VAI REPARAR
aqui NESTE lugar
EU acho que A-C-A-B-O-U
mas vou CANTAAAAR
pra não cair
FINGINDO ser alguém que vive assim de BEEEM ...
Se exite Deus em agonia
Manda essa cavalaria
Que hoje a FÉ
Me A-B-A-N-D-O-N-O-U!"
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
"Não sei se foi por preguiça, por condicionamento,pela dificuldade de estarmos plenamente atentos no instante de cada ação.O fato é que a planta havia morrido há semanas e durante todo aquele tempo eu continuei a regá-la, como se estivesse ali.O vaso cheio de terra, vazio de verde, permanecia no mesmo lugar,entre os outros, como se nada houvesse acontecido. Toda vez que eu repetia o movimento, eu me dava conta da estranheza do meu gesto,mas acabava me entretendo com outra coisa e adiava mais uma vez a retirada do vaso.Outra hipótese é o embaraço que às vezes temos para reconhecer a morte das coisas.Para aceitar que o tempo delas acabou, embora possa ser tão óbvio como um vaso sem planta.(...) Nossos gestos de desapego são capazes de criar espaço para o novo.Minha mãe plantou outra muda de planta naquele vaso.A última vez que vi, estava florida."
[Ana Jácomo]
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
"(...)Outro dia me pus a pensar que sou semelhante às mulheres da literatura de Érico Veríssimo.
Aquelas que enquanto os homens se ocupavam da guerra, elas se ocupavam do tempo e do vento.
Eu não tenho muitas definições a meu respeito; apenas respeito a dor de cada hora,
a esperança de cada momento.
E, se isso me define, então sou a dor que sabe esperar."
[ Pe. Fábio de Melo, Mulheres de Aço e de Flores]
terça-feira, 13 de novembro de 2012
... E ainda vai ter gente que nunca vai saber que você caiu"
(Gislayne Souza)
sábado, 10 de novembro de 2012
"Nem todas as feridas são superficiais. Muitas feridas são mais profundas do que imaginamos, não se consegue ver a olho nu, e ainda tem aquelas feridas que nos pegam de surpresa. O segredo pra se curar qualquer ferida ou doença é ir bem fundo até achar a verdadeira fonte da lesão, e quando encontramos temos que tentar ao máximo curar essa ferida"
Gray's Anatomy
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"
(Retrato- Cecília Meireles)
"Fim de tarde. Dia banal, terça, quarta-feira. Eu estava me sentindo muito triste. Você pode dizer que isso tem sido freqüente demais, ou até um pouco (ou muito) chato. Mas, que se há de fazer, se eu estava mesmo muito triste? Tristeza-garoa, fininha, cortante, persistente, com alguns relâmpagos de catástrofe futura. Projeções: e amanhã, e depois? e trabalho, amor, moradia? o que vai acontecer? Típico pensamento-nada-a-ver: sossega, o que vai acontecer acontecerá. Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará. Essas coisas meio piegas, meio burras, eu vinha pensando naquele dia. Resolvi andar. Andar e olhar. Sem pensar, só olhar: caras, fachadas, vitrinas, automóveis, nuvens, anjos bandidos, fadas piradas, descargas de monóxido de carbono. Da praça Roosevelt, fui subindo pela Augusta, enquanto lembrava uns versos de Cecília Meireles, dos Cânticos: "Não digas 'Eu sofro'. Que é que dentro de ti és tu? / Que foi que te ensinaram/ que era sofrer ?" Mas não conseguia parar. Surdo a qualquer zen-budismo, o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia - coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez impiedosa da Big Loira de Dorothy Parker. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras pelos negros ray-ban - filme... Quem me consola? Quem consola você, que me lê agora e talvez sinta coisas semelhantes? Quem consola este país tristíssimo? Vim pra casa humilde...Mas pergunto inseguro, assustado: a que será que se destina?"(Caio Fernando Abreu- Neblina)
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